quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Com estes impostos o arrendamento não vai lá

Para qualquer proprietário urbano não é novidade, mas têm todo o interesse os cálculos demonstrados num artigo no Diário de Notícias de 27-Set-2011, da autoria de José Matos da APCMC.

Para obter um rendimento equivalente às aplicações financeiras, um apartamento que custou 100.000 euros tem que ser arrendado por 736 euros mensais. Contudo, se o Estado fosse mais moderado nos impostos o mesmo apartamento seria arrendado por 345 euros.

E até se mostra que “o valor da renda, para que seja compensadora, terá que ser tanto maior quanto mais rico o senhorio!”
"Elementar, não é?" conclui o Autor.

Esta fiscalidade liquida qualquer veleidade de investir no arrendamento. Todavia, a fiscalidade foi apenas um dos vários processos encontrados para inviabilizar o arrendamento e beneficiar a construção da habitação nova para venda, trilhando o caminho da felicidade que nos trouxe até à chamada Troika. De facto, mesmo com esta fiscalidade teria sido possível repor no mercado as habitações recuperadas porque os seus custos iniciais foram amortizados.

É absurdo lançar impostos sobre as necessidades da vida? Claro que é, porque com custo de vida mais baixo o produtor acaba por produzir mais, ganhar mais e pagar um imposto mais alto sobre o seu rendimento ou sobre o seu consumo, consoante a escola fiscal que se prefira.

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